Os 
alunos do Centro Regional de Educação Especial de Mossoró (CREE-MOS) 
realizaram nesta sexta-feira, 28, a 15ª Manhã Verde, evento realizado 
anualmente para apresentação dos trabalhos realizados durante projeto 
desenvolvido no Atendimento Educacional Especializado (NEE) com os 107 
integrantes do centro.
Os 
alunos participaram de uma manhã especial com várias atividades, entre 
elas exposição das atividades desenvolvidas, degustação de chás, 
apresentações artísticas, leitura de cordéis, danças, jogos, 
brincadeiras, lanche, cujo objetivo é despertar a consciência ecológica 
acerca da importância, do respeito e do amor pelo meio ambiente, além de
 cultivar uma mini-horta artesanal orgânica no ambiente do Cree-Mos.
De 
acordo com Tereza Cristina, diretora do centro, a produção dessa horta 
tem colaborando para atender as necessidades específicas, contribuindo 
com o ensino regular e as demandas de inclusão, bem como uma educação 
voltada para o respeito. O centro tem a característica de atender alunos
 com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e crianças com 
altas habilidades, dando-lhes um suporte pedagógico, já que todos os 
alunos inscritos precisam estar matriculados regularmente numa escola 
comum. “Os alunos do Cree-Mos participam das atividades no turno oposto 
ao que estudam na escola regular. As atividades proposta aqui contribuem
 justamente para que eles possam enfrentar as dificuldades encontradas 
na escola. Somos um complemento. Com o projeto da horta orgânica temos 
conseguido estimular a criatividade desses alunos, trabalhar as várias 
habilidades que eles possuem, além de proporcionar uma socialização 
entre todos os membros. É uma espécie de terapia para eles mexerem com a
 terra, acompanharem o crescimento das hortaliças, além de proporcionar 
também uma alimentação saudável”, destaca.
A 
pequena Clôe Porto, de 8 anos, tem Transtorno do Déficit de Atenção com 
Hiperatividade (TDAH) e participa regularmente das atividades do 
Cree-Mos. Para ela, fazer parte do cultivo da horta a deixa muito feliz.
 “Eu gosto de ver as plantinhas crescerem. Também gosto de comer as 
frutas, mas não gosto das verduras. Ainda estou pensando em experimentar
 a alface, mas vamos ver o que vai acontecer”, diz a pequena que afirma 
querer ser uma cientista quando crescer. Já o colega Bruno Batista, de 
17 anos, diz que a parte de comer o que foi cultivado é a melhor de 
todas, mas que “também gosto de plantar, de regar e de tirar o mato que 
cresce ao redor”, ressalta.
Os 
dois também participaram da oficina promovida pelos por estudantes da 
Escola Estadual Apolinária Jales, do município de Messias Targino, em 
que ensinaram como produzir o plantio de uma horta através do projeto 
‘Lamparina d’água’, em que foi ensinado como fazer o canteiro de 
irrigação por pavio. “Estamos iniciando a utilização desse projeto que 
também vai contribuir muito para as atividades do centro. Ele também é 
muito interessante porque utiliza pouca água e passamos por alguns 
problemas com a falta de água aqui que até prejudicou a nossa horta”, 
disse a coordenadora da Manhã Verde, Rosa Maria da Costa.
Alguns
 pais também fizeram questão de participar da programação de ontem 
orgulhosos de verem os trabalhos desenvolvidos pelos filhos. Maria 
Nazaré Pessoa é uma das mães que estavam presentes. Ela acompanhou o 
filho Daniel Pessoa, de 19 anos, que tem Síndrome de Down. “A hortinha 
faz muito bem a ele. Funciona como uma terapia e eu vejo que auxilia no 
desenvolvimento dele”, destaca.
Fonte:Gazeta do Oeste
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
