Jovens e adultos assentados serão alfabetizados no RN

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014 Pôla Pinto



 A maioria das turmas estará localizada na zona rural, a exemplo do Vale do Apodi

A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Rio Grande do Norte e o Movimento de Educação de Base (MEB) irão alfabetizar 1.200 pessoas no Estado a partir do primeiro semestre deste ano. A previsão é que as aulas já comecem em março. Um convênio neste sentido, feito por meio do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera), foi publicado no Diário Oficial de ontem (16).
 
A parceria trata de atender jovens, adultos e idosos, de assentamentos ou acampamentos de municípios potiguares, no Curso de Alfabetização e Escolarização do Nível Fundamental (Anos Iniciais - EJA). Ao todo, serão organizadas 60 turmas, 20 alunos em cada sala, curso com duração de 24 meses. O Incra investirá recursos no valor R$ 2.878.323,00 e contrapartida de R$ 30.000,00 do MEB.
 
O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), outro parceiro no curso de alfabetização, está formado as turmas nos Territórios do Açu/Mossoró, Sertão do Apodi, Mato Grande, Potengi, Trairí, Terra dos Potiguaras e Agreste Litoral Sul. Todos os futuros estudantes devem ser do público do Pronera e só poderão efetuar as matrículas após a validação do Incra, em que constam seus devidos cadastramentos na autarquia agrária.
 
O passo seguinte, de acordo com o superintendente do Incra/RN, Valmir Alves, é o de se reunir com os representantes do MEB para definir os critérios para contratação dos alfabetizadores, 60 ao todo, e realizar a capacitação desses professores. A maioria das turmas estará localizada na zona rural, para que o aluno tenha acesso facilitado à sala de aula. A expectativa é de que o curso se inicie a partir de março.

ALFABETIZAÇÃO
Para justificar a apresentação de uma proposta de alfabetização para o público do Pronera no Rio Grande do Norte, o MEB utilizou números dos dados educacionais dos assentamentos, uma pesquisa realizada pelo Incra em 2010. Naquele período, de acordo com a pesquisa, o estado possuía 19.913 famílias assentadas, com um percentual de analfabetos de cerca de 19%.
 
A ação educativa está totalmente voltada para a superação do analfabetismo e a escolarização no meio rural, com atenção especial pela alta taxa de analfabetismo e de distorção de idade e série.
 
Ainda segundo Valmir, a contribuição para a superação do analfabetismo, a continuidade dos estudos colabora para o desenvolvimento sustentável nas áreas da reforma agrária, como também nos territórios da cidadania e traz benefícios em todas as dimensões econômica, social e ambiental.
Fonte: Jornal de Fato


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