Noite de cantoria será promovida na casa onde viveu o compositor - CacauConsiderado
o “Rei das Canções” e um dos primeiros cantadores do Brasil, Elizeu
Ventania será homenageado hoje, 19, data em que se completam 15 anos de
seu falecimento. A homenagem se dará através de uma noite de cantoria,
promovida na residência onde viveu o compositor, na avenida Alberto
Maranhão.A cantoria está programada para começar às 20h, seguindo até as 22h, com a presença dos cantadores Josival Viana e Edízio Calixto. “É uma forma que encontramos de manter viva a história de Elizeu Ventania. Reunimos amigos, poetas, pessoas que fizeram parte da vida de um dos maiores artistas deste país”, destaca Sandra Melo, afilhada de Elizeu e uma das organizadoras do evento de amanhã à noite.
Participam ainda da cantoria convidados como os cordelistas Antônio Francisco, Crispiniano Neto e os radialistas Martins Coelho e Lalauzinho de Lalau. “Será um momento de lembranças. O público participa ativamente, pedindo músicas, resgatando canções compostas por Elizeu”, diz Sandra Melo.
Apesar de o momento ser de confraternização, familiares de Elizeu Ventania também aproveitam a data para cobrar, mais uma vez, o cumprimento de promessas feitas por ex-gestores municipais. “Na campanha da primeira gestão de Fafá Rosado, foi prometido que a casa de Elizeu seria reformada. Até hoje nada foi feito, lamentavelmente. Falta reconhecimento”, afirma Sandra Melo.
Conheça a história de Elizeu Ventania
Elizeu
Ventania nasceu em 20 de julho de 1924, no Sítio Jacu, município de
Martins. A identificação com a música surgiu cedo, e aos 18 anos,
percebendo sua vocação, decidiu fazer da cantoria o seu ganha-pão,
influenciado por outros violeiros. Gravou três LPs, “Canções de Amor”,
em 1971; “O Nascimento de Jesus”, 1972; e "Chorando ao Pé da Cruz", em
1979; este último pela gravadora Continental, vendendo 40 mil cópias.
Junto com João Liberalino, com quem formou uma das mais famosas duplas de toda a região Nordeste, comandou por mais de 20 anos o programa de rádio “Rimas e violeiros”. Viajou por todo o país, fazendo cantorias. Aos 60 anos, ficou cego vitimado por uma catarata irremediável diante da falta de condições de pagar um caro tratamento. Nos seus últimos anos de vida, Elizeu era figura urbana, conhecido por sua banca ao lado do Mercado Público Central, em Mossoró, onde cantava as músicas e vendia fitas-cassetes com as gravações.
Em sua última entrevista concedida à imprensa, para o jornal O Mossoroense, em 27 de setembro de 1998, Elizeu falou da influência que outros violeiros tiveram para a sua decisão pela cantoria. “O que me impulsionou foi o chamado de outros violeiros, como João Liberalino, Adonias Ferreira, entre outros. Aos 18 anos, eu fui para Fortaleza, no Ceará, e lá me fiz com os violeiros. Anos depois tive como parceiros João Liberalino, Adonias Ferreira, Raimundo Mourão, Bentivi Neto, Patativa, Chico Traíra e muitos outros", relatou à época.
Ainda na conversa, Elizeu revelou a música que mais gostava, "Serenata na Montanha", queixou-se da falta de valor que a cantoria vinha tendo e de dificuldades financeiras e de saúde que ele enfrentava depois que ficou cego por causa da catarata e da impossibilidade de cantar.
Junto com João Liberalino, com quem formou uma das mais famosas duplas de toda a região Nordeste, comandou por mais de 20 anos o programa de rádio “Rimas e violeiros”. Viajou por todo o país, fazendo cantorias. Aos 60 anos, ficou cego vitimado por uma catarata irremediável diante da falta de condições de pagar um caro tratamento. Nos seus últimos anos de vida, Elizeu era figura urbana, conhecido por sua banca ao lado do Mercado Público Central, em Mossoró, onde cantava as músicas e vendia fitas-cassetes com as gravações.
Em sua última entrevista concedida à imprensa, para o jornal O Mossoroense, em 27 de setembro de 1998, Elizeu falou da influência que outros violeiros tiveram para a sua decisão pela cantoria. “O que me impulsionou foi o chamado de outros violeiros, como João Liberalino, Adonias Ferreira, entre outros. Aos 18 anos, eu fui para Fortaleza, no Ceará, e lá me fiz com os violeiros. Anos depois tive como parceiros João Liberalino, Adonias Ferreira, Raimundo Mourão, Bentivi Neto, Patativa, Chico Traíra e muitos outros", relatou à época.
Ainda na conversa, Elizeu revelou a música que mais gostava, "Serenata na Montanha", queixou-se da falta de valor que a cantoria vinha tendo e de dificuldades financeiras e de saúde que ele enfrentava depois que ficou cego por causa da catarata e da impossibilidade de cantar.
Fonte: O Mossoroense
