Dirigentes do Sintraf e Associações Rurais de Messias Targino vão participar de Grito da Seca: sede de água, sede de direitos em Natal

segunda-feira, 20 de maio de 2013 Pôla Pinto



Nesta terça-feira (21), dirigentes do  Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Messias Targino  e do Fórum da Agricultura  Familiar  estarão participando em  Natal, do Grito da Seca no Rio Grande do Norte, uma atividade que irá mobilizar cerca de 5 mil agricultores e agricultoras familiares de várias regiões do estado.
O evento será um grito de sede de água e de direitos, pois essas comunidades rurais estão sofrendo com as consequências da estiagem prolongada no semiárido potiguar e com a ausência de investimentos em ações estruturantes para a convivência com o semiárido. O Grito da Seca vai acontecer, com concentração no viaduto de Ponta Negra a partir das 8 horas.  Os participantes seguirão, pela BR 101, até o estádio Arena das Dunas, onde acontecerá um ato público. Em seguida, será entregue uma pauta de reivindicações ao governo estadual e federal. Os agricultores ficarão mobilizados em Natal para negociarem com outros órgãos (INCRA, CONAB, BNB).

A mobilização, que é organizada pelo Fórum do Campo Potiguar, objetiva denunciar, à sociedade, o descaso e o abandono dos agricultores  nos últimos anos e durante a atual seca, que é considerada a maior seca dos últimos 50 anos. As políticas anunciadas, a maioria delas ainda não implementadas pelos Governos Federal e Estadual são insuficientes, sendo que algumas dessas iniciativas fortalecem a lógica da Indústria da Seca e reforçam a ideia equivocada de que o único problema é a falta ou a pouca chuva, quando na verdade trata-se de um problema político de privilegiar megaprojetos e megaeventos ao invés de se garantir direitos e democratização no acesso a água, terra, assistência técnica, entre outros .

A pauta do “Grito da Seca: Sede de água e de direitos” foi construída pelo FOCAMPO (FETARN, FETRAF, ASA, MST, MMM, MLB, CSP-Conlutas, CUT, Comitê Popular da Copa, MLST, CPT, Pastorais Sociais, FETAM, Levante Popular da Juventude), juntamente com outros movimentos e organizações da sociedade civil que atuam no campo e na cidade. Pela primeira vez no estado, construiremos a unidade na luta entre os movimentos do campo e da cidade.

 Entre as principais reivindicações estão: a criação de política de recursos hídricos para universalizar o acesso a água no estado; programa estadual de assessoria técnica permanente aos assentamentos e comunidades; estruturação dos órgãos de assessoria e pesquisa (EMATER, EMPARN, IDEMA, INCRA); ampliação do programa de distribuição de alimentos para os rebanhos (milho, silagem);  renegociação de dívidas e financiamento para estruturação produtiva da agricultura familiar; incentivo à produção de alimentos agroecológicos da agricultura familiar com redução de tarifa de energia e aquisição desses alimentos pelos programas de compras governamentais; desapropriação de imóveis rurais pelo INCRA e infra-estrutura para os assentamentos de reforma agrária, entre outros.


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