Agricultores
Familiares relataram dificuldades
causadas pela falta d´água.
Três representantes
do Fórum das Associações Rurais, Maria Jose, Reno Teixeira e Irene
Medeiros, usaram a palavra durante a Audiência Pública, que debateu os efeitos da seca, onde relataram o
drama dos moradores das comunidades
rurais.
A agricultora familiar, Maria José, que produze hortaliças disse que todo sistema
de produção está sendo atingido pela falta
d` água. “Vivemos da água, e sem ela é impossível produzir”. “Na feira
da agricultura familiar já está faltando produtos”, completou ela.
Maria José, disse
ainda que a situação já é critica,
os produtos tende a ficar mais caros
devido a redução da produção. “Essa Audiência é muito importante para
debatermos essa situação e buscarmos soluções em conjunto”, enfatizou a
agricultora.
O dirigente da Associação Rural esperança, Reno Teixeira, relatou que nas comunidades rurais que integra a base
da associação já está faltando água para
o rebanho e para o consumo humano. Ele também denunciou que o rebanho está morrendo. “As ações estão demorando de
mais para chegar”, disse o dirigente. “Vou continuar no campo, a seca não vai
mim botar para fora” disse Reno, mostrando sua disposição de continuar lutando.
Já a presidente da Associação Mista Medeiros, Irene
Medeiros, disse que sua comunidade é uma
das mais prejudicadas e não tem
abastecimento pelo exercito, pois legalmente ela pertence ao município de Janduis. “O açude seco e os poços que não
foram instalados”, relatou Irene Medeiros.
Dirigente
do Seapac apresentou documento com
reivindicações.
O agravamento da situação hídrica da zona rural do município de Messias Targino, foi apresentado pelo o engenheiro agrônomo Fabrício Jales, do SEAPAC, em um documento de
cinco paginas construído pelo Fórum das Associações Rurais, Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Sintraf), Centro Juazeiro
e Seapac, que relatou toda situação.
Fabrício, revelou o agravamento do quadro, onde mostrou que dos
poços amazonas existentes apenas 33% estão funcionando de forma precária
e 67% já não funcionam mais. Segundo ele para piorar ainda mais apenas
42% poços estão instalados e
58% foram cavados e não foram
instalados.
Outra situação mostrada pelo
engenheiro agrônomo foi referente aos açudes que é uma das principais fonte de
água para a produção de todo rebanho e para o consumo da maioria
das famílias estão quase todos secos. “Apenas
9% dos açudes estão com água, onde 91%
estão secos. Outra conclusão é que
todos os açudes estão necessitando de
limpeza’, disse ele.
Para Fabrício os poços
tubulares que poderiam ser uma alternativas no abastecimento se encontra a maioria sem funcionarem. “De todos os poços
tubulares existentes apenas 62% deles
estão funcionando e foram instalados”.
O documento mostrou ainda que na
zona rural apenas 15% dos
moradores tem água encanada, com
abastecimento funcionando de forma precária
e 70% estão sendo abastecida por
carro pipa de forma insuficiente. Ainda existem
30% de famílias que não estão
sendo atendidas pelos carros
pipas que estão se deslocando 48 km para conseguir água.
Fabrício apresentou dez
reivindicações, cobrando ações urgentes e estruturantes para serem agilizadas
pelos governos estadual, federal e municipal, a fim de amenizar o quadro de
crise que enfrenta a zona rural do município.