sábado, 16 de março de 2013 Pôla Pinto



Agricultores Familiares relataram  dificuldades causadas pela falta d´água.

Três representantes  do Fórum das Associações Rurais, Maria Jose, Reno Teixeira e Irene Medeiros,  usaram a palavra durante  a Audiência Pública, que  debateu os efeitos da seca, onde relataram o drama dos  moradores das comunidades rurais.


A agricultora familiar, Maria José,  que produze hortaliças disse que todo sistema de produção  está  sendo atingido  pela falta  d` água. “Vivemos da água, e sem ela é impossível produzir”. “Na feira da agricultura familiar já está faltando produtos”, completou ela.
Maria José,   disse ainda que a situação já  é critica, os  produtos tende a ficar mais caros devido a redução da produção. “Essa Audiência é muito importante para debatermos essa situação e buscarmos soluções em conjunto”, enfatizou a agricultora.

 
O dirigente da Associação Rural  esperança, Reno Teixeira, relatou  que nas comunidades rurais que integra a base da associação  já está faltando água para o rebanho e para o consumo humano. Ele também denunciou que o rebanho  está morrendo. “As ações estão demorando de mais para chegar”, disse o dirigente. “Vou continuar no campo, a seca não vai mim botar para  fora” disse Reno,  mostrando sua disposição  de continuar lutando.



Já a presidente da Associação Mista Medeiros, Irene Medeiros, disse que sua comunidade  é uma das mais prejudicadas  e não tem abastecimento pelo exercito, pois legalmente ela pertence ao município de  Janduis. “O açude seco e os poços que não foram instalados”, relatou Irene Medeiros.

Dirigente do Seapac apresentou documento  com reivindicações.
O agravamento  da situação hídrica  da zona rural do município  de Messias Targino, foi apresentado pelo  o engenheiro agrônomo  Fabrício Jales, do SEAPAC,  em um documento  de  cinco paginas construído pelo Fórum das Associações Rurais, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Sintraf), Centro Juazeiro e Seapac,  que relatou toda situação.

Fabrício, revelou  o agravamento do quadro, onde mostrou  que dos  poços amazonas existentes apenas 33% estão funcionando de forma precária e 67% já não funcionam mais. Segundo ele para piorar ainda mais  apenas  42% poços  estão instalados e 58%   foram cavados e não foram instalados.


Outra situação mostrada pelo engenheiro agrônomo   foi referente  aos açudes que é uma das principais fonte de água para  a produção  de todo rebanho e para o consumo da maioria das famílias estão  quase todos secos. “Apenas 9% dos açudes  estão com água, onde 91% estão secos. Outra conclusão  é que todos  os açudes estão necessitando de limpeza’, disse ele.

Para Fabrício os poços tubulares  que poderiam  ser uma alternativas  no abastecimento se encontra  a maioria sem funcionarem. “De todos os poços tubulares  existentes apenas 62% deles estão funcionando e foram  instalados”.

O documento mostrou ainda  que  na zona rural  apenas 15%  dos  moradores tem água  encanada, com abastecimento funcionando de forma precária  e 70%  estão sendo abastecida por carro pipa de forma insuficiente. Ainda existem  30% de famílias  que não  estão  sendo atendidas pelos  carros pipas  que estão se deslocando 48 km  para conseguir água.

Fabrício apresentou dez reivindicações, cobrando ações urgentes e estruturantes para serem agilizadas pelos governos estadual, federal e municipal, a fim de amenizar o quadro de crise que enfrenta a zona rural do município.  


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