Outras mudanças importantes tangem às multas para quem ultrapassar pelo acostamento, o valor pela infração, que é de R$ 127,69 hoje, passará a custar R$ 957,70 aos bolsos dos infratores, uma alta de 650%. Também serão consideráveis os aumentos no valor de multas por ultrapassagens em local proibido, em subidas, curvas e locais sem visibilidade.
No caso dos rachas terminados em mortes, o responsável pode passar de cinco a dez anos na prisão. Em casos onde não há vítimas, a pena pode chegar a três anos de prisão para os motoristas, e a multa passará de R$ 574,62 para R$ 1.915,40. No caso de acidentes não fatais, a nova pena é de seis anos de prisão. Em todas as ocorrências os condutores receberão multas gravíssimas que equivalem à retirada de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Aliathá Gibson, as mudanças no CTB não vêm apenas para tornar a lei mais rígida e punitiva, mas também para potencializar a gravidade da má conduta destes motoristas e tentar mostrar de maneira paulatina que os equívocos cometidos em frente ao volante são responsáveis por muitos acidentes e muitas mortes.
"Não é só uma questão de mudança nos valores das punições. Sabemos que reeducar um adulto é uma tarefa complicada, e precisamos apelar para uma parte muito sensível, que é o bolso. A maior parte dos acidentes é causada por essas irresponsabilidades dos motoristas, e é preciso mostrar isso a eles", comentou Gibson, relembrando que a PRF teve papel fundamental nas mudanças implementadas na CTB.
Para o motorista Antônio Carlos, as medidas tomadas foram boas, mas precisam vir acompanhadas com todo um projeto de educação para os motoristas. "Não vejo como uma iniciativa ruim, mesmo sabendo que custará bem mais para nós, motoristas. Só penso que deveríamos atrelar as multas a uma política educacional para esses condutores", comentou o motorista.
RN tem mais de 3.700 acidentes em menos de dois anos
Os dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atestam que o Rio Grande
do Norte teve 3.792 acidentes durante todo o ano de 2013 e os dez
primeiros meses de 2014. Os números são preocupantes e, de acordo com
inspetores, poderia ser evitado, se medidas cautelares fossem tomadas
pelos condutores, uma vez que a irresponsabilidade ao volante é o
principal fator de acidentes nas estradas.
De acordo com os dados, 1.005 colisões transversais foram contabilizadas, 249 frontais e 2.538 traseiras, contabilizando 175 mortos e 598 pessoas feridas gravemente. Para o inspetor da PRF, Aliathá Gibson, a grande maioria desses números é de responsabilidade de maus condutores.
"Esses acidentes, em sua imensa maioria, foram passíveis de multa, ou seja, não foram acasos que podem acontecer no trânsito, foram fruto de ultrapassagens e manobras perigosas e indevidas. Com as novas leis e o maior rigor nas multas, tentaremos coibir esse tipo de comportamento que tem vitimado muitas pessoas", concluiu.
De acordo com os dados, 1.005 colisões transversais foram contabilizadas, 249 frontais e 2.538 traseiras, contabilizando 175 mortos e 598 pessoas feridas gravemente. Para o inspetor da PRF, Aliathá Gibson, a grande maioria desses números é de responsabilidade de maus condutores.
"Esses acidentes, em sua imensa maioria, foram passíveis de multa, ou seja, não foram acasos que podem acontecer no trânsito, foram fruto de ultrapassagens e manobras perigosas e indevidas. Com as novas leis e o maior rigor nas multas, tentaremos coibir esse tipo de comportamento que tem vitimado muitas pessoas", concluiu.
Fonte: O Mossoroense