Aos poucos, os principais reservatórios do Rio Grande do Norte estão atingindo seus níveis mais críticos. A maioria está com menos de 50% de sua capacidade.
Nível da barragem Armando Ribeiro Gonçalves atinge estado crítico
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório de água doce do Estado, está com apenas 36,67% de sua capacidade total, de acordo com
os dados da última medição, feita nesta quarta-feira, 29. O
reservatório é responsável pelo abastecimento de água de diversos
municípios do interior do RN e a situação preocupa moradores e
autoridades.
A situação se mostra mais grave ainda na barragem de Pau dos Ferros, no
Alto Oeste Potiguar, onde o nível do reservatório está com apenas
3,86%. Ainda na região Oeste,
o açude de Lucrécia que abastece a cidade homônima e também outros
municípios da região com a cidade de Martins, encontra-se com apenas
5,9% de sua capacidade.
Outros reservatórios de menor capacidade já não têm mais água e a
população de muitos municípios da região depende de carros-pipas. Açudes
como Apanha-Peixe em Caraúbas e Pilões chegaram ao nível morte e a água
que ainda resta não serve para o consumo humano.
A situação se mostra ainda mais complicada nos municípios da região do Seridó.
A situação se mostra ainda mais complicada nos municípios da região do Seridó.
O açude Itans, maior reservatório da região do Seridó, localizado na cidade de Caicó, responsável pelo abastecimento de grande parte da população e também de outras cidades está com apenas 9,75% de sua capacidade.
Outra situação que preocupa é com relação à barragem Passagem das
Traíras, construída para garantir o abastecimento das cidades de Jardim
do Seridó, São José do Seridó e zona norte de Caicó. Mas sem chuvas, a situação já é de calamidade total no reservatório.
Dos 49 milhões, 702 mil e 394 metros cúbicos d’água, hoje o volume
atual é de apenas 3,37%, o equivalente a 1 milhão, 677 mil e 63 metros
cúbicos. A situação dos outros reservatórios da região também é
preocupante, como mostra as medições apresentadas pela Secretaria de
Estado e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (SEMARH) e também pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).