A eleição suplementar em Mossoró não foi um fato isolado. Em Ipanguaçu, a parceria entre PSD de Robinson
Faria e PT de Fátima Bezerra conquistou a segunda vitória sobre o que
eles chamam de “acordão”, ou seja, a aliança entre Henrique Eduardo
Alves (PMDB), Wilma de Faria (PSB) e João Maia (PR). O candidato apoiado
por eles, o petista Geraldo Paulino, derrotou a peemedebista Rizomar
Barbosa com uma maioria de 435 votos no pleito suplementar realizado
neste domingo.
“Mais uma vitória da aliança do PT e PSD no Rio Grande do Norte. Dessa vez, a população de Ipanguaçu respondeu o que quer para a sua cidade,
como fizeram no início de maio os mossoroenses: eles querem o melhor,
querem liberdade de escolher e de participar da gestão. O sentimento de
Ipanguaçu demonstrado nas urnas é o mesmo que vimos em Mossoró e estamos
vendo no dia a dia das nossas caminhadas em Natal e por todo o Estado. O
sentimento de renovação”, afirmou Robinson Faria, pré-candidato ao
Governo do Estado.
O candidato apoiado por PSD e PT, Geraldo Paulino era o prefeito interino de Ipanguaçu. Presidente da Câmara, ele assumiu a chefia do Executivo depois que o colega
petista Leonardo Oliveira foi cassado. Ou seja: a situação foi a mesma
de Mossoró, quando o prefeito interino Francisco José Júnior, do PSD,
venceu a eleição diante da candidata Larissa Rosado, apoiada por PMDB,
PSB e PR.
E assim como em Mossoró, onde Larissa Rosado teve problemas com a
Justiça Eleitoral durante todo o período de campanha, em Ipanguaçu a
candidatura peemedebista também sofreu. Afinal, ela era, inicialmente,
encabeçada pelo ex-prefeito Zé de Deus, que teve o registro de
candidatura indeferido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e acabou
substituído “de última hora”, pela mulher, Rizomar Barbosa.
Mesmo com a troca, realizada na última sexta-feira, Rizomar ainda alcançou 4.551 votos, contra 4.985 votos de Geraldo Paulino. Apesar de
ter o apoio de Henrique, Wilma e João Maia, vale destacar, Rizomar não
foi oficialmente apoiada pelo PSB. A sigla ficou ao lado de Geraldo, mas
a presidente peessebista, Wilma, preferiu manter a tal “coerência
política” e ficar no palanque do aliado Henrique Alves.