Médicos da rede estadual aprovam indicativo de greve

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014 Pôla Pinto


Os médicos que atendem na rede estadual de saúde aprovaram o indicativo de greve nessa segunda-feira (24). Em assembleia, a categoria apresentou o descontentamento com a proposta da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para o reajuste pedido.

De acordo com o Sindicato dos Médicos (Sinmed), o reajuste deveria ser de 20% em fevereiro e seguir com pouco mais de 18% ao ano até 2018. Já a Sesap teria proposto que o aumento fosse implantado em forma de gratificação diferenciada de acordo com os portes hospitalares, a ser incorporada ao piso salarial dos médicos somente ao final da implantação do piso Fenam.

Para os médicos das unidades de Porte 1, que incluem hospitais como Walfredo Gurgel e Giselda Trigueiro, foi oferecida uma gratificação de 14% este ano, somada aos 18,75% até 2018; os profissionais das unidades de porte 2 receberiam 10% de gratificação em 2014 e 14% até 2018; enquanto para os médicos das unidades de porte 3 o reajuste seria de 8% em 2014, mais 10% ao ano até 2018. Por se tratar de gratificação os médicos aposentados estariam excluídos da negociação.
DivulgaçãoUma nova assembleia da categoria foi marcada para o dia 10 de março, quando a greve pode ser deflagradaUma nova assembleia da categoria foi marcada para o dia 10 de março, quando a greve pode ser deflagrada

A proposta foi rejeitada pelos profissionais que discordam com a diferenciação da classe de acordo com o porte hospitalar e com a proposta de uma gratificação, diferente do aguardado que é um aumento salarial com incorporação no piso da categoria. Também não agrada a diferença entre profissionais da ativa e os aposentados além de outras inconsistências na tabela enviada pela Sesap.

Uma contraproposta será apresentada ainda esta semana pelo presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, e incluirá o aumento salarial no piso da categoria, sem a diferenciação da classe por níveis hospitalares. Em caso de inviabilidade da proposta a longo prazo a segunda sugestão é o aumento salarial de 14% de forma igualitária para todos os profissionais, ainda este ano.

Uma nova assembleia foi marcada para o dia 10 de março, às 19h, no auditório da Associação Médica do RN, para discussão das respostas do governo e possível deflagração da greve.


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