2014 deve ser ano de bom inverno

sábado, 4 de janeiro de 2014 Pôla Pinto


As primeiras previsões meteorológicas apontam bom inverno para 2014. Se confirmada, a expectativa será um alívio para a zona rural de Mossoró e no Nordeste, que sofre com forte seca nos últimos dois anos.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) ainda não divulgou a previsão para o inverno deste ano, mas as chuvas do final de 2013 reforçam a crença de que o cenário de estiagem mude nos próximos meses.
 
No dia 19 de dezembro do ano passado, meteorologistas de todo o país reuniram-se na Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA), em Campina Grande (PB), para elaborar a primeira previsão para 2014 no semiárido nordestino.
 
Para os especialistas, há indicadores favoráveis a uma boa estação chuvosa por aqui. “Observo que 2014 será diferente de 2012 e 2013”, disse na época Gilmar Bristrot, chefe do serviço de meteorologia da Emparn.
 
Em Mossoró, a seca afetou diretamente a produção de caju. Produtores locais foram obrigados a importar o produto da África para evitar a perda de clientes, de acordo com informações dadas à imprensa pela Usina de Beneficiamento de Castanha de Mossoró (USIBRAS).
Um recente estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) confirma que a seca que afeta o Nordeste desde 2011 foi a pior dos últimos 50 anos.
Apesar das boas expectativas para 2014, a notícia é ruim a longo prazo. De acordo com previsões de especialistas no relatório “Impactos da Mudança Climática na Gestão de Recursos Hídricos: Desafios e Oportunidades no Nordeste do Brasil”, do Banco Mundial, a variabilidade das chuvas e a intensidade das secas continuarão aumentando até 2050, com efeitos graves para a população, se os governos locais não investirem em infraestrutura e gestão hídrica.
 
Esse é um dos poucos estudos sobre os efeitos climáticos, hidrológicos e socioeconômicos do aquecimento global nos Estados mais pobres do país. O documento analisa a bacia de Piranhas-Açu, onde estão Cruzeta e Jaguaribe (CE).
 
Um programa de apoio do Banco Mundial, auxílios financeiros do governo federal a agricultores e a transposição do rio São Francisco são a esperança para amenizar esse cenário


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