Pesquisa CNT: quase 60% da malha viária do Rio Grande do Norte é de má qualidade

sábado, 2 de novembro de 2013 Pôla Pinto


Fotos: Gildo Bento


Quase 60% da malha viária do Rio Grande do Norte é de má qualidade. A conclusão é da Pesquisa CNT Rodovias, apresentada pela Confederação Nacional do Transporte. O resultado disto é preocupante: aumento do risco de acidentes; maior gasto com combustível; aceleração do desgaste dos veículos; acréscimo dos custos operacionais das rodovias; entre outros.
A 17ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias foi divulgada na quinta-feira passada (31). No geral, a situação do país inteiro é preocupante e o estado potiguar seguiu essa linha. A avaliação foi dividida em seis níveis, cujo mais baixo é o “péssimo” e o mais positivo é “ótimo”.
No RN, os itens péssimo/ruim/regular totalizam 57,6%, mostrando que mais da metade das estradas (estaduais e federais) norte-rio-grandense não está de acordo com os critérios de qualidade estabelecidos pelos pesquisadores da Confederação Nacional do Transporte.
A Pesquisa dividiu sua avaliação em quatro segmentos: pavimento (condição de superfície, velocidade devido ao pavimento, etc); sinalização (faixas, placas, etc); geometria (tipo de rodovia, perfil da rodovia, etc); e outros (pontos críticos; infraestruturas de apoio).
A situação das estradas potiguares não foge muito da realidade brasileira. A região Nordeste, que é formada por nove estados, apresentou a seguinte situação: 63,8% enquadram-se nos quesitos péssimo/ruim/regular. No Brasil, o trio corresponde a 74,9% (pior que o RN e o NE).
 
CURIOSIDADES SOBRE AS ESTRADAS:
CUSTOS – Rodovias deficientes aumentam o custo de manutenção dos veículos, além do consumo de combustível, lubrificantes, pneus e freios. O acréscimo médio do custo operacional devido às condições do pavimento das rodovias brasileiras é de 25%.
MEIO AMBIENTE - Se o pavimento de todas as rodovias tivesse classificação “Boa” ou “Ótima”, em 2013, seria possível uma economia de até 5% no consumo de combustível e uma redução da emissão de 1,77 megatonelada de gás carbônico principal gás do efeito estufa;
 
RAIO-X DAS ESTRADAS BRASILEIRAS:
PAVIMENTO - 46,9% apresentam algum tipo de problema; 43,0% têm a superfície do pavimento desgastada; e 85% das rodovias sob concessão tiveram classificação ótimo ou bom.
SINALIZAÇÃO – 67,3% apresentam algum tipo de problema; 78,7% das rodovias sob gestão pública possuem problemas; 25,2% não possuem placas de limite de velocidade; 55,8% possuem pintura da faixa central desgastada ou inexistente; 63,2% não possuem faixas laterais ou a pintura está desgastada.
GEOMETRIA - 77,9% apresentam algum tipo de problema; pistas simples de mão dupla correspondem a 88% da extensão pesquisada; 40,5% não possuem acostamento; em 56,7% da extensão pesquisada, onde há ocorrência de curvas perigosas, não há placas de advertências e nem defensas completas.
BR-110, que liga Mossoró à Areia Branca, apresenta diversos problemas
 
RESULTADO DA PESQUISA CNT:
BRASIL
10,4% - péssimo
22,1% - ruim
42,4% - regular
23,2% - bom
1,9% - ótimo
NORDESTE
8% - péssimo
21,4% - ruim
34,4% - regular
26% - bom
10,2% - ótimo
RIO GRANDE DO NORTE
7,7% - péssimo
18,1% - ruim
31,8% - regular
39,9% - bom
2,5% - ótimo
Fonte: Jornal de Fato


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