Em evento com ex-integrantes do governo Lula, o ex-ministro Franklin
Martins (Comunicação Social) criticou ontem o pré-candidato do PSDB ao
Planalto, Aécio Neves, e afirmou que a oposição defende o "regime do
apartheid social".
Ele ironizou o slogan tucano do "choque de gestão" e disse que os rivais
do PT "se dirigem ao passado" e querem governar para a minoria: "Quero
ver tirarem da agenda a questão da inclusão social. Pode Aécio querer
tirar, Serra querer tirar. Não tira".
"É o regime da inclusão ou o regime do apartheid? É isso que está em
jogo", disse, referindo-se às eleições presidenciais. O ex-ministro
disse que a oposição tem extraordinária dificuldade" para achar um
discurso eleitoral: "No fundo, ela queria que o Brasil voltasse a ser
governado para um terço da população".
Martins defendeu as concessões feitas por Dilma e atacou a gestão de
FHC: "O entreguismo foi feito no governo Fernando Henrique. Lá era
neoliberal. Agora, não."
Cotado para integrar a coordenação da campanha de Dilma à reeleição, o
ex-ministro disse que a presidente deve ressuscitar a ideia de convocar
uma Constituinte exclusiva para a reforma política: "Se depender do
poder econômico, do Congresso, da mídia e da oposição, não haverá
reforma política nunca".
Martins incitou aliados a "tocar fogo na internet" para pressionar o
governo a defender a regulamentação da mídia eletrônica: "Quem tem que
liderar isso é o governo federal. Infelizmente, o governo atual não
liderou. Os políticos têm um medo monumental da imprensa". Os
ex-ministros Roberto Amaral, José Viegas e Samuel Pinheiro Guimarães
também participaram do evento no Rio