Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
nesta segunda-feira, 25, mostra que o déficit habitacional caiu, em
termos absolutos, 6,2% no Brasil entre 2007 e 2012. Já em termos
relativos, considerando a proporção do déficit em relação ao total de
domicílios existentes, a queda foi maior, ficando em 14,7%.
Em 2007, o déficit de moradias era de 10%. O índice caiu para 8,53% em
2012, o que, segundo apontou o estudo, representa 5,24 milhões de
residências. Nos estados, ainda segundo o Ipea, houve queda no geral,
porém em diferentes níveis. O Rio Grande do Norte e Sergipe foram os
únicos estados nordestinos que registraram aumento no déficit.
O estudo aponta que o incremento no déficit absoluto foi de 3% no Rio
Grande do Norte e de 16,2% em Sergipe. Em 2007, o déficit total no nosso
estado era de 108.801 (cento e oito mil oitocentos e um) domicílios. Em
2012, passou para 111.308 (cento e onze mil trezentos e oito).
Déficit habitacional é um indicador que ajuda sociedade e gestores
públicos a identificar a necessidade de reposição do estoque de moradias
existentes. A partir disso, é possível o desenvolvimento de políticas
públicas mais adequadas à situação habitacional brasileira.
A pesquisa divulgada hoje aponta redução – também em termos absolutos e
relativos – do déficit de habitações precárias (termo usado pela
pesquisa para referir-se a domicílios improvisados); de coabitações
familiares (imóveis que abrigam mais de uma família); e do adensamento
excessivo de domicílios (imóveis alugados, com uma ocupação superior a
três habitantes por cômodo).
De acordo com o Ipea, ainda não é possível isolar o efeito que o
Programa Minha Casa, Minha Vida teve para a situação atual. “Acreditamos
que ele deverá melhorar os indicadores no futuro, mas ainda é difícil
mensurar o efeito causado por ele”, disse o pesquisador Vicente Correia
Lima, um dos responsáveis pelo estudo.