Dilma pede desculpas a médico cubano hostilizado em Fortaleza

terça-feira, 22 de outubro de 2013 Pôla Pinto

 Stuckert Filho/PR - 22/10/2013
               
Dilma Rousseff, médico cubano, Juan Delgado e o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha


  A presidente Dilma Rousseff agradeceu ao médico cubano Juan Delgado, 49, que foi vaiado ao desembarcar no aeroporto de Fortaleza, em agosto passado. O ato gerou repúdio do governo. Pouco antes, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) classificou o episódio de "corredor polonês da xenofobia".

"Não apenas pelo fato de ele ter sofrido um imenso constrangimento ao chegar ao nosso país, do ponto de vista pessoal e do governo, eu peço nossas desculpas a ele", discursou a presidente. Dilma sancionou nesta terça-feira (22) o programa Mais Médicos, que envia médicos para regiões remotas do país. Sob gritos de "olê olê olá, Dilma", falou a uma plateia de cerca de 600 médicos, sobretudo estrangeiros.

É o segundo evento no Palácio do Planalto sobre o programa. Em julho, Dilma participou de evento semelhante ao lançar o Mais Médicos. Agora, num salão com ministros, deputados e senadores, sancionou hoje a lei, com alguns ajustes feitos pelo Congresso Nacional.

TRAMITAÇÃO
  Durante a tramitação na Câmara e no Senado, o governo atuou para evitar grandes alterações ao texto original, com isso, foi mantida a essência do programa, como a permissão para que médicos formados no exterior sem revalidação de diploma possam atuar no Brasil por um determinado período.

  A mudança mais expressiva feita na medida provisória permitirá agora acelerar o programa: caberá ao Ministério da Saúde, e não mais aos conselhos regionais de medicina, a tarefa de emitir os registros dos médicos intercambistas. O governo alegava que as entidades, contrárias ao programa, estavam atrasando propositalmente a emissão dos documentos.

A primeira etapa do Mais Médicos registrou a participação de 1.258 profissionais, entre aqueles formados no Brasil e no exterior. Na segunda rodada, foram inscritos 2.149 médicos (2.000 deles de Cuba), além de 416 profissionais com diploma nacional - balanço preliminar mostra que, desses, apenas 171 se apresentaram aos municípios.

De acordo com o Ministério da Saúde, 1.232 médicos já estão atuando em postos de saúde em todo o pais. No mês passado, 320 mil consultas foram feitas pelos médicos do programa.


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