Bolsa Família reduz a miséria em 28%, aponta estudo

sexta-feira, 18 de outubro de 2013 Pôla Pinto


Prestes a completar 10 anos, o Bolsa Família se livra do estigma meramente assistencialista para mostrar avanço na redução da extrema pobreza e contribuição para o crescimento econômico do país. Cada R$ 1 pago aos beneficiários do programa provoca um aumento de R$ 1,78 no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.
“O Bolsa Família é programa pró-pobre, e eles têm uma característica: gastam a maior parte da sua renda”, explicou o ministro da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Marcelo Neri.
Atualmente, 600 mil pessoas ainda estão abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 70 por mês. O cenário poderia ser ainda pior na última década.
Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a redução da miséria foi de 28% desde 2003. Sem o programa, haveria um crescimento de 36% no número de pessoas extremamente pobres. Criado em outubro de 2003, o programa também contribuiu para reduzir em 12,2% as desigualdades no país.
Entre 2001 e 2012, a renda per capita entre os mais pobres cresceu 120,22% no Brasil, quase cinco vezes mais que a faixa dos mais ricos, que subiu 26,41%. A pobreza extrema caiu 69,2% desde 2002, acima da meta  de 50% estipulada pela Organização das Nações Unidas até 2005.
No Brasil, o programa de transferência de renda consome 0,5% das riquezas. Em países como Irlanda, França, Reino Unido e Holanda, o gasto chega a 4% do PIB.
O resultado do estudo fará parte do livro “Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania”, que será lançado no próximo dia 30.


Retrato-do-Bolsa-Família


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