Quem for beneficiário do Minha Casa, Minha Vida terá direito a
financiamento mais barato para comprar móveis, microondas, máquina de
lavar, geladeira e fogão. Trata-se de um subsídio exclusivo aos
mutuários do programa, bandeira social da presidente Dilma Rousseff.
Desde 2012, o governo trabalha para oferecer financiamento com juros
menores para famílias de baixa renda adquirirem produtos da linha branca
(eletrodomésticos).
Agora, segundo a Folha apurou, os ministérios das Cidades e da Fazenda
querem conceder subsídio também na compra de móveis, como sofá,
guarda-roupas e armários de cozinha.
Técnicos do Executivo discutem como colocar de pé linhas de
financiamentos mais atrativas ao que é oferecido atualmente pela Caixa
Econômica Federal.
O governo avalia duas hipóteses: escalonar o subsídio para móveis e
produtos da linha branca, como já é feito no financiamento das unidades
habitacionais (três faixas de renda) do Minha Casa, Minha Vida, ou dar o
mesmo subsídio a todos os mutuários, independentemente da renda mensal
familiar.
Lançado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida já entregou 1,2 milhão de
moradias. Para famílias com ganho mensal de até R$ 1.600,00, o mutuário
paga no máximo 5% da sua renda durante 10 anos.
Para famílias com renda de até R$ 3.275,00, há financiamento com juros
reduzidos e subsídio complementar limitado a R$ 25 mil. As duas faixas
concentram a maior parte do programa.
A terceira faixa foca famílias com ganho mensal superior a R$ 3.275,00, limitado a R$ 5 mil. Nessa faixa, os juros são de 7,16%.
A terceira faixa foca famílias com ganho mensal superior a R$ 3.275,00, limitado a R$ 5 mil. Nessa faixa, os juros são de 7,16%.
"KIT"
Para o governo, o "kit mobília" é uma forma de dinamizar o setor
produtivo. Internamente, há divisão na Esplanada dos Ministérios sobre
como ele deve funcionar.
Alguns setores defendem um pacote único que englobe os financiamentos da
casa e dos móveis e eletrodomésticos, com uma entrega conjunta. Os
contrários à essa posição alegam que isso poderia aumentar o
comprometimento de renda dos beneficiários, além de exigir uma operação
complexa de entrega de produtos.
Técnicos que estudam a medida ainda não sabem se ela ficará pronta antes
do pronunciamento presidencial de 1º de maio, Dia do Trabalhador.