sábado, 16 de março de 2013 Pôla Pinto

Agricultores potiguares fazem mobilizações em municípios do Semiárido


 
Caminhada pelas ruas do município de Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte. | Foto: Paulo Segundo
No Rio Grande do Norte, de um total de 167 municípios já existem 144 em situação de emergência de acordo com informações da ASA Potiguar.  A estiagem prolongada vem causando escassez de água na região e deixando as barragens e os açudes secos. Diante desse cenário, representantes de organizações da sociedade civil estão realizando mobilizações sob o tema ?O campo potiguar grita: queremos água?. Nesta sexta-feira (15), pela manhã, o ato ocorreu no município de Pau dos Ferros, na região do Alto Oeste. Os participantes seguiram da praça matriz da cidade em caminhada até a sede do Banco do Nordeste, onde cobraram menos burocracia para liberação de linhas de crédito emergenciais para os agricultores e agricultoras do estado.

Segundo o coordenador executivo da ASA Potiguar, Paulo Segundo, as barragens estão com menos de 20% de sua capacidade operativa no estado. ?Estamos reivindicando o abastecimento. São mais de 75 mil cisternas sem água. O crédito emergencial que deveria ser liberado pelo BNB não sai; o milho não chega ao pequeno na quantidade e no tempo necessários; os recursos federais para obras hídricas estruturantes não são operados pelo governo. O agricultor (a) que planta para a cidade comer está 'sentindo na pele' os efeitos desse descaso e em breve, a cidade também sentirá?, disse.

Até agora já foram realizadas mobilizações nos municípios de São Paulo do Potengi, Caicó e Pau dos Ferros. Na próxima segunda-feira (18), os atos ocorrerão em Santa Cruz, João Câmara e Apodi. Na terça (19), haverá a tradicional missa de São José no município de Angicos. Logo após, haverá caminhada em direção ao prédio da Conab, onde devem ocorrer mais manifestações.

Como resultado das mobilizações, as organizações elaborarão um documento que terá entre os pontos a questão do acesso ao milho, recuperação de açudes e a conclusão das obras das adutoras. Participam das mobilizações agricultores e agricultoras, representantes da ASA Potiguar, FETARN, MST, CUT, FETRAFE, FOCAMPO (Fórum do Campo), igrejas católicas e evangélicas.


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