quarta-feira, 25 de abril de 2012 Pôla Pinto

Seca provocará queda de R$ 3,5 bilhões no PIB do Rio Grande do Norte

O Governo do Estado espera que, além das políticas públicas de apoio às famílias castigadas pela seca, o Rio Grande do Norte possa contar com uma reação positiva da indústria para compensar os prejuízos nos municípios.

A estiagem que já provocou estado de emergência em 139 municípios causará uma queda entre R$ 2,5 a R$ 3,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), conforme cálculos do secretário de Agricultura, Betinho Rosado.

Segundo o secretário, os produtos agrícolas in natura são responsáveis por 5% do PIB do Estado que é de R$ 25 bilhões. Isso representa R$ 1,3 bilhão, mas quando os produtos são transformados dentro da cadeia produtiva, sua participação no PIB chega a 30%, ou, R$ 7,5 bilhões.
Apesar da seca, o RN vai produzir cana-de-açúcar, mandioca, agricultura irrigada e caju.

"Embora a safra seja pequena, conseguiremos produzir", acredita Betinho, ressaltando que a pecuária também vai apresentar resultados.

"Graças a essa produção, a diminuição do PIB não vai chegar aos mais de R$ 7 bilhões da cadeia produtiva", destaca o secretário, acrescentando que 70% da população rural do Estado já foram atingidos pela seca.

No Estado todo, a população urbana que sofre com a falta de chuvas chega a 1,6 milhão de pessoas e na zona rural, cerca de 500 mil pessoas representando, aproximadamente, 120 mil famílias.

Ao acompanhar o anúncio do plano emergencial do governo, o secretário da Agricultura afirmou esperar que as medidas reduzam o impacto social e preparem o RN para secas futuras.

Impacto
Situada em sua grande parte na região do semiárido nordestino, o Rio Grande do Norte sente os efeitos da estiagem desde o ano passado.

Cidades como Luís Gomes estão sem água nas torneiras há cerca de seis meses, cenário que deverá se intensificar nos próximos meses a partir do agravamento dos efeitos da estiagem que se espalham por todo o Estado.

Chegando ao fim do mês de abril, os índices pluviométricos encontram-se bem abaixo do esperado em praticamente todo o Estado, fato que é visto com preocupação por governantes e especialistas.

Fonte: Jornal O Mossoroense


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