quarta-feira, 18 de abril de 2012 Pôla Pinto

''Brasil deveria ser referência por reconhecer a a gricultura familiar como categoria diferenciada''


Com encerramento na tarde desta quarta-feira (18), Marcos Rochinski secretário Geral da FETRAF-BRASIL participa da XVII Reunião Especializada da Agricultura Familiar (REAF), em Montevidéu, Uruguai. Dentre os temas discutidos pelos Grupos de Trabalho estão a criação de um banco de dados sobre a agricultura familiar, a definição conceitual da agricultura familiar no âmbito dos países do Mercosul e, a grade curricular do curso de desenvolvimento rural a ser implantado na Universidade Federal da Integração Latino-Americana .

“O Brasil é referência no que se refere ao processo de base de dados da agricultura familiar, uma vez que por meio da DAP [Declaração de Aptidão ao PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], é possível monitorar as políticas públicas que esse público acessa, mas antes disso, deveria ser referência por reconhecer a agricultura familiar como categoria, avaliou Rochinski.

Para o coordenador, isso seria um passo importante para consolidar as políticas da agricultura familiar nos outros países do MERCOSUL. Entretanto, salienta que, internamente, o país tem sérias questões a resolver, como o acesso a terra, a necessidade de reconstruir a política de credito, e garantir políticas de renda, bem como aperfeiçoar o seguro agrícola , garantia safra e PGPAF, e os programas de comercialização
.
No que se refere à discussão sobre a elaboração da grade do curso de desenvolvimento rural o principal objetivo é que ele tenha abordagem conceitual da agricultura familiar conceitual e, evidencie a capacidade da categoria na construção de um processo de desenvolvimento sustentável.

“Vamos formar pessoas que acreditem na capacidade produtiva da agricultura familiar e no seu potencial de ser o modelo capaz de produzir alimentos aliada a sustentabilidade ambiental. Da UNILA devem sair profissionais capazes de nos ajudar a fazer pesquisas, a elaborar e construir processos que reforcem ao nosso modelo de produção”, enfatizou o coordenador.

Na XVII REAF, os participantes também discutiram a criação de mecanismos de controle por parte da sociedade para que possam fiscalizar e acompanhar a execução de compromissos assumidos pelos países do Mercosul no que se refere aos efeitos das mudanças climáticas.


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