sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 Pôla Pinto

POLÍTICA

Senador do DEM silencia ante denúncias contra auxiliar do governo Dilma

A demissão de Elias Fernandes da direção geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) é fato consumado. Ocorreu nesta quinta-feira, 26 de janeiro. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), sacramentou o ato.

O ex-deputado estadual Elias Fernandes, que no governo federal era da cota do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), era uma indicação pessoal do deputado federal Henrique Alves (PMDB).

Há dias ele vinha sendo acusado por parte da mídia e por setores da oposição ao governo da presidente Dilma Roussef (PT) de praticar atos irregulares à frente do DNOCS.

Sempre que um auxiliar do governo Dilma é acusado de irregularidades, a oposição, principalmente o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Democratas (DEM), por seus "caciques", levantam a voz no Congresso Nacional e tomam conta dos holofotes da imprensa, fazendo logo um pré-julgamento dos acusados, independentemente de serem apuradas ou não as supostas irregularidades.

Pouco importam para eles, da oposição, e as acusações procedem ou não. Instalam seus tribunais particulares e logo condenam, sem qualquer defesa, quem, sendo do governo Dilma, encontrar-se em situação parecida.

O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, é um dos mais incisivos da oposição, cobrando a saída imediata dos acusados dos cargos que ocupam e investigações, chamamento dos acusados ao Congresso Nacional, etc.

No caso de Elias Fernandes, porém, o senador potiguar do DEM se manteve silente. Diferentemente das outras vezes, não saiu pelos quatro cantos esbravejando e "mostrando serviço", como faz costumeiramente.

A explicação é simples: Agripino é aliado de Henrique Alves e do PMDB, que dão sustentação ao governo de Rosalba Ciarlini, do DEM.

Porém, um dos mais notáveis aliados de José Agripino no Rio Grande do Norte, o prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo (DEM), filho do deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), não seguiu a linha de atuação casuística do senador Agripino.

À imprensa, o prefeito pauferrense tem feito críticas duras a Elias Fernandes e até insinuou que o ex-diretor-geral do DNOCS teria utilizado verbas do Departamento para alavancar a campanha de Gustavo Fernandes (PMDB), filho de Elias, ao cargo de deputado estadual.

Assim como nos outros casos de denúncias, o Blog entende que ninguém pode ser condenado antes de uma regular apuração, presumindo-se todos inocentes até prova cabal em contrário.

O inusitado, mesmo, é o silêncio do senador José Agripino, que, embora se ache dono da verdade em seus pronunciamentos, preferiu mudar o comportamento para atender às suas conveniências políticas.

Depois, não adianta falar de coerência. Aliás, esta palavra não combina muito com a trajetória política de Agripino, que tem origens na ARENA (ex-UDN), dos governos militares, que o nomearam prefeito de Natal sem a aprovação das urnas, quando assim "permitia" o regime.

Dizer que defende a democracia, hoje, é bastante cômodo, quando ele estava precisamente no lado contrário aos que a defendiam nos anos de chumbo, dos governos militares.

Fonte: Blog O Messiense

One Response to “ ”

  • Anônimo says:

    Não fica bem o Blog insinuar que José Agripino convive com o mal feito ou com a improbidade, se existe uma coisa que o Senador não faz é compactuar com esse tipo de comportamento.


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