quinta-feira, 29 de setembro de 2011 Pôla Pinto

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Matéria Especial Epitácio Filho


QUILOMBOLA DO JATOBÁ – 70 Anos de Redenção (1941-2011)


No dia 31 de dezembro de 1941, após uma grande safra de algodão, quando se conseguiu acumular recursos suficientes para aquisição da própria terra, um grupo familiar de descendentes de escravos vindo da Fazenda Atenas, na zona rural do então Povoado do Junco, adquiriu por compra o Sítio Jatobá, no município de Patu, passando a viver da agricultura de subsistência e criação de pequenos animais.


Foto: Aluísio Dutra



Agricultores Familiares do Jatobá na Feira Agroecológica de Patu


A Fazenda Atenas fica localizada próxima a Fazenda Gangorra, na fronteira paraibana, onde permaneceu vivendo, em compadrio com os proprietários, o restante do numeroso grupo familiar. Próximo também à Atenas está o Sítio Salobro, nascedouro de Francisca Tavares de Oliveira, “Chica Brejeira”, que nasceu escrava no dia 15 de setembro de 1884 e faleceu em 31 de dezembro de 2002, aos 118 anos, sendo considerada a “matriarca da negritude potiguar”.


Foto: Epitácio Andrade



Dona Chica Brejeira visita Sereno no Jatobá – Patu/RN


Dona Chica Brejeira era uma humanista, implacável em matéria de ajuda ao próximo. Mulher, negra, pobre e, extraordinariamente, decente e dedicada à solidariedade humana. Aceitou o convite do Movimento Patu 2001, para visitar Sereno, líder da Comunidade Jatobá, que em 1999, aos 84 anos, apresenta-se “desanimado”, “triste”... Após visita de Dona Chica, que na época estava com 115 anos, Sereno, surpreendentemente, recuperou-se do quadro emocional, marcado pelo desânimo sempre presente no envelhecimento.


A Comunidade do Jatobá, localizada na margem da antiga estrada de ferro, que ligava Patu a Caraúbas. Sempre foi uma localidade esquecida e “invisível”, até que o Movimento Patu 2001, fundado em 18 de outubro de 1997, colocou uma faixa num lugar, conhecido como Bangalô, na saída de Patu, com a expressão: “Quilombo do Jatobá a 10 km à frente. Sítio Arqueológico do Jatobá há 10 mil anos atrás”.


Foto: Epitácio Andrade



Bangalô – Estrada para o Jatobá


Esta intervenção cultural do Movimento Patu 2001 foi determinante para que um grupo de estudantes e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, inseridos no projeto “Trilhas Potiguares”, fizessem uma incursão exploratória àquela comunidade. A visita conduzida pelo Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal Evandro Moura foi centrada no Sítio Arqueológico, dando visibilidade no município a uma parte de seu patrimônio histórico.


Foto: Epitácio Andrade



Gravura Rupestre – Sítio Arqueológico do Jatobá


No dia 20 de novembro de 1997, dia da Consciência Negra, o Movimento Patu 2001, sob a liderança do Médico Psiquiatra Epitácio Andrade, realizou um passeio arqueológico a comunidade do Jatobá, buscando intervir no problema do alcoolismo, sendo desenvolvida a atividade sócio-terápica, chamada “um desafio à abstinência”, que entre outras ações, afixou uma placa metálica na capela de São Benedito, alusiva a essa realização comunitária. Esta atividade cultural foi registrada em versos pelo Poeta e Cordelista José Bezerra de Assis.


Reprodução: Epitácio Andrade



Placa alusiva à atividade realizada no Jatobá – 20.11.1997


Como o líder do Movimento Patu 2001, sempre se auto-reconheceu irmão do Quilombo do Jatobá, Epitácio Andrade afirma que não teve dificuldades em articular a comunidade para o desenvolvimento das ações que sedimentaram o caminho em direção ao reconhecimento do Jatobá como a primeira comunidade remanescente de quilombo do Rio Grande do Norte. Na casa principal da comunidade, onde residiu o líder Sereno, ainda hoje, os descendentes ostentam as fotografias que registram o início da caminhada no rumo do auto-reconhecimento.


Reprodução: Epitácio Andrade


Visita de Chica Brejeira ao Jatobá – 1999


Desde os primórdios da Comunidade Jatobá, durante a Segunda Guerra Mundial, que existem informações acerca de sítios arqueológicos na zona rural do Patu. Informava Luiz Saraiva, “O Artífice do Ferro”, que “os americanos na construção do Açude São Gonçalo em Sousa na Paraíba tiravam fotografias aéreas destas pedras desenhadas/pintadas e apresentavam às autoridades locais”, como também, o Velho Sereno afirmava que “deu fim a muitas pedras de corisco”, que na verdade se tratavam de “machadinhas arqueológicas”.


Reprodução: Epitácio Andrade



Mural de Fotografias do Sítio Arqueológico do Jatobá


O processo de regulamentação fundiária do Jatobá envolve a desapropriação de terras de Francisco Luiz de Aquino, Severino Sebastião da Silva, Ducília de Aquino, José Luiz de Aquino e João Batista de Aquino, todos quilombolas, e Antônio Rodrigues Neto e Magnus Kelly Rodrigues da Silva, além de José Alves Filho, em cujas terras se localiza o principal sítio arqueológico.


Foto: Epitácio Andrade



Sítio Arqueológico na Serra do Jatobá – Patu/RN


A área que está em processo de desapropriação totaliza 220,71 hectares (ha), sendo que os quilombolas ocupam 81,52 ha. Dois proprietários do entorno da comunidade têm 139,19 ha, e José Alves Filho (Paizin), dono das terras onde se encontra o sítio arqueológico, tem 85,99 ha em desapropriação. Segundo o Engenheiro Agrônomo Francisco Rodrigues da Silva do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que acompanha o processo desde o início, a previsão para pagamento e conclusão da desapropriação é em julho de 2012.


Foto: Aluísio Dutra



Folclorista João de Artur e esposa com Dr. Rodrigues


A comunidade Quilombola do Jatobá sempre teve interesse por atividades culturais. O Folclorista João de Artur, com seu boi de cortejo, sempre visitava a comunidade no período do carnaval, e deu inspiração ao Dramaturgo Ricardo Veriano para elaborar a Louvação a São Benedito, santo negro, cultuado e padroeiro da comunidade.


Foto: Epitácio Andrade



Estandarte da Louvação a São Benedito


A comunidade Jatobá professa um sincretismo religioso, com fundamentação católica, espírita e religiões de matriz africana. A capela de São Benedito existente na comunidade tem celebrações, oratórios e caritós com imagens católicas. Bem próximo da capela já funcionou o terreiro de Dona Nelci, onde o Ex-prefeito de Patu Epitácio de Andrade (1928-93), na gestão 1983-88, recebeu uma oração de proteção contra inimigos, que foi anexada a sua biografia, apresentada na Câmara de Vereadores, por ocasião de homenagem prestada com a denominação de bairro na cidade com seu nome.


Foto: Epitácio Andrade



Capela de São Benedito


A oração de proteção contra inimigos oferecida ao ex-prefeito foi localizada durante uma pesquisa em oratórios, caritós e malas velhas, realizada pelo Movimento Patu 2001, quando buscava material expressivo e histórico para ser utilizado com fins museológicos.


Foto: Epitácio Andrade



Oratório


O sincretismo religioso do Jatobá está representado, também, pela existência de Caritós dentro da capela. O oratório é um móvel para guardar imagens religiosas, diferente do caritó, que tem a mesma função, porém é fixo na parede de alvenaria. Tradicionalmente, o caritó se assemelha mais com as “casas de exu”, da tradição umbandista e, também, era usado na região em casas de “afeitos à magia”, conforme relata Câmara Cascudo.


Foto: Epitácio Andrade



Caritó




Na Comunidade do Jatobá, onde habita 30 famílias, ainda pode se observar uma espécie de instinto humano gregário primitivo, onde tudo é compartilhado e as tarefas são realizadas coletivamente. Com base nessa percepção, o Centro Juazeiro, por meio do Engenheiro Agrônomo Fabrício Edino Jales, tem prestado assistência técnica voltada para práticas agroecológicas coletivas, como é o caso da horta comunitária.







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Foto: Epitácio Andrade



Horta Comunitária


A produção da horta comunitária do Jatobá é para consumo próprio e para a venda na feira agroecológica de Patu. As etapas da atividade agrícola são desenvolvidas por todos os comunitários jovens, adultos, idosos, homens e mulheres.


Praticamente, não tem agricultura familiar, só existe produção comunitária, até mesmo porque a comunidade é, basicamente, um só núcleo familiar.


Foto: Epitácio Andrade



Idosos e Mulheres na Horta


O planejamento da produção obedece as mais modernas técnicas agronômicas, sendo repassadas pela assistência técnica do Centro Juazeiro e, rapidamente, assimiladas pelos quilombolas. A hortaliça couve-flor cresce protegida por telas e as demais não recebem tratamentos com agroquímicos.


Foto: Epitácio Andrade



Couve-flor protegida por tela


A diversidade de cultivos de hortaliças contribui para identificar, precocemente, as “pragas” e fazer a substituição das culturas atacadas. Obedecendo ao princípio da sustentabilidade foi testado o cultivo da beterraba, hortaliça rica em ferro, para intervir no problema da anemia das crianças de comunidades vizinhas. Como a cultura foi atingida por uma praga, foi feito a substituição da hortaliça pela cultura de pimenta malagueta, e orientada nova solução para o problema da anemia das crianças da circunvizinhança.


Foto: Epitácio Andrade



Praga no Cultivo da Beterraba


Elemento gastronômico constituinte da culinária africana, a pimenta malagueta faz parte da história da afro-descendência brasileira, e na agricultura do quilombola do Jatobá apresentou boa adaptabilidade e há perspectiva de sua produção ser direcionada para a pequena agroindústria alimentícia da unidade produtiva da comunidade, diversificando a produção com o fabrico de molhos.


Foto: Epitácio Andrade



Cultivo de Pimenta Malagueta e Mamão




A cultura da pimenta malagueta foi intercalada com o cultivo de mamoeiros, cujo objetivo dessa associação de culturas é direcionar a produção para agroindústria de molhos e doces da unidade produtiva, que no momento, está produzindo polpa de cajarana, colhida na própria comunidade e nos sítios da circunvizinhança. Os frutos das cajaraneiras são triturados num liquidificador industrial da unidade produtiva e embalados em sacos plásticos de 100 e 200 gramas.


Foto: Epitácio Andrade



Liquidificador industrial da Unidade Produtiva


A produção de polpa de cajarana, depois de embalada, é acondicionada em “freezer” até ser vendida na comunidade, no comércio de Patu e noutras cidades. A energia elétrica consumida na unidade produtiva é paga condicionada à venda dos produtos.


Foto: Epitácio Andrade



Freezer com polpa de Cajarana


Um viveiro de mudas mantém uma oferta permanente de novas plantas para a horta comunitária, que produz alface, cenoura, pimentão, tomate, coentro, cebolinha, além de algumas plantas medicinais como capim-santo, hortelã e cidreira. O viveiro é como uma estufa, que esteriliza o crescimento da planta, livrando de pragas e das intempéries. É como um verdadeiro berçário das pequenas plantas. Tem a dimensão aproximada de 05 metros quadrados, e é todo protegido por telas, que possibilita certo isolamento do meio externo.


Foto: Epitácio Andrade



Viveiro de Mudas


A produção maior da horta é de tomate, que é vendida na feira agroecológica de Patu e para outras cidades do Rio Grande do Norte e fronteira paraibana. O cultivo de tomate segue o padrão tradicional, com um diferencial que é a produção orgânica, totalmente livre de agroquímicos.


Foto: Epitácio Andrade



Cultivo de Tomate


O segredo da viabilidade da horticultura da comunidade Quilombola do Jatobá está na irrigação e no trabalho coletivo, aliado ao suporte técnico prestado pelo Centro Juazeiro. Todas as culturas são irrigadas, fazendo com que no tórrido semi-árido do nordeste setentrional floresça “um oásis”, que antes só foi previsto pelas profecias messiânicas de Antônio Conselheiro e do Beato Zé Lourenço.


A água no Jatobá já foi um bem preciosíssimo. Só acessível por meio das escassas chuvas do Sertão ou pela escavação manual de poços insalubres. O abastecimento d’água foi possibilitado pela construção de um sistema que capta a água de um poço artesiano, sendo conduzida por uma adutora até uma caixa d’água com capacidade para 20 mil litros.


Foto: Epitácio Andrade



Irrigação


A grande vedete da horticultura do Jatobá é o “tomate-cereja”, delicioso frutinho que está presente nas saladas e outros pratos da alta gastronomia nacional. A produção de tomate-cereja da horta orgânica do Jatobá está sendo vendida, por encomenda, para o Bistrô Point Vip da empresária patuense Shirley Holanda e para os restaurantes dos hotéis do circuito turístico das Serras Potiguares.


Foto: Epitácio Andrade



Cultivo de Tomate-cereja


Outra atividade econômica que começa a se desenvolver na Comunidade Quilombola do Jatobá é o turismo. Mesmo incipientemente, o principal guia de turismo de Patu José Ernesto Ferreira, “o GPS Humano”, conhecido como Zé Doido, afirma que alguns turistas que visitam o Santuário do Lima, a casa de pedra do Cangaceiro Jesuíno Brilhante e praticam esportes radicais estão procurando conhecer a experiência da primeira comunidade quilombola auto-reconhecida no Estado do Rio Grande do Norte.


Foto: Epitácio Andrade



Zé Doido (a direita de boné) e o turismo no Jatobá


As alternativas de desenvolvimento sustentável da Comunidade Jatobá estão relacionadas às atividades no campo. A produção de hortifrutigranjeiros é integrada com o cultivo tradicional de milho.


Foto: Epitácio Andrade



Criação de Galinhas


A produção de milho, que serve de alimentação para as aves criadas no entorno das residências, é armazenada em três grandes silos doados pela Petrobras, e garante a oferta de alimento para os animais durante todo o ano. A galinha caipira é o prato principal dos quilombolas no almoço dominical. Os ovos produzidos são vendidos na feira do sábado em Patu e, também, diversificam o cardápio dos comunitários.


Foto: Epitácio Andrade



Silos Armazenam Milho


A sede da Unidade Produtiva do Quilombola do Jatobá foi construída em 2009, com recursos da Fundação Banco do Brasil. A unidade dispõe de um setor para atividades culturais, funciona uma fábrica de confecções, alberga os silos de armazenamento e sedia os congeladores para armazenamento de polpa de frutas, além de dispor de um liquidificador industrial.





Jatobá


Foto Epitácio Andrade



Unidade Produtiva do Quilombo do Jatobá


A velha máquina de costura é, hoje, peça de museu no Jatobá. Com a instalação da Unidade Produtiva foi viabilizada uma fábrica de confecções com máquinas elétricas. O funcionamento se dar por períodos, estando condicionado à procura dos produtos, quando passa a funcionar oficinas de customização. A produção ainda é incipiente, mas serve como ocupação terapêutica para as mulheres.


Foto: Epitácio Andrade



Velha Máquina de Costura


Com uma produção muito pequena, a fábrica de confecções ainda não tem viabilidade econômica, porém serve para produzir as roupas dos próprios comunitários, contribuindo para melhorar sua auto-estima, atualmente, elevada e sem comprometimentos importantes.


Foto: Epitácio Andrade



Fábrica de Confecções


A aquisição do Jatobá foi viabilizada a partir de uma grande safra de algodão, portanto o beneficiamento de tecidos está contextualizado com a história produtiva da comunidade. Nos primórdios da ocupação da comunidade rural, a marginalização e a invisibilidade era a marca dominante. A pobreza era confundida com a preguiça, favorecendo pensamentos e atitudes preconceituosas contra os quilombolas do Jatobá.


Foto: Epitácio Andrade



Terra Preparada para Plantar


O trabalho sempre foi a marca da identidade dos quilombolas do Jatobá. A horta comunitária retrata essa assertiva: sempre tem uma área preparada para plantar. No sentido de promover o resgate de sua identidade cultural, o Movimento Patu 2001, no ano de 2002, conduziu a Professora Iraneide Soares da Silva, da Organização Kilombo, para visitar a comunidade, que logo após, produziu relatório à Fundação Palmares solicitação registro como remanescente de quilombos.


Foto: Epitácio Andrade



Quilombola Júnior do Jatobá


Apesar de ter visibilidade e autenticidade, há quase 15 anos, quando se começou a produção de artigos científicos sobre a Comunidade do Jatobá, formulados pelo pesquisador social Epitácio Andrade, com consultoria gentilmente prestada pelo Antropólogo Geraldo Barboza de Oliveira Junior, a Coordenadoria Estadual de Política de Promoção da Igualdade Racial (COEPPIR) só conseguiu viabilizar o início da formulação de laudo antropológico, há 05 anos, em 2006, já se dispondo de vultosas quantias para tal fim.


Foto: Epitácio Andrade



Sede da COEPPIR/RN


Por outro lado, grandes investimentos foram realizados na Comunidade do Jatobá, com destaque para o abastecimento d’água.


Foto: Epitácio Andrade



Caixa D’água


A construção de 15 cisternas de placa, sendo uma para cada duas casas, melhorou ainda mais o abastecimento d’água no Jatobá. Todas as casas são de alvenaria e saneadas. Quase todas têm reformas, com a construção de alpendres. As famílias têm filtros, fogão a gás, geladeira, aparelho de televisão com antena parabólica, e algumas famílias, têm computadores portáteis, bicicletas e motocicletas.


Foto: Epitácio Andrade



Cisternas de Placa


Os comunitários do Jatobá organizam partidas de futebol de campo em verdadeiras festas aos domingos à tarde, que reúne várias comunidades rurais e equipes da zona urbana.


Foto: Epitácio Andrade



Campo de Futebol


Nas manhãs do domingo, sempre tem futebol de salão na Comunidade Quilombola do Jatobá. É uma opção de lazer e um ponto de encontro de amigos. A quadra de esportes foi construída em dezembro de 2008 e homenageia o patriarca Severino Sebastião da Silva, “Sereno”.


Foto: Epitácio de Andrade



Quadra de Esportes


Os idosos têm o direito de envelhecer na sua comunidade e receber a visita dos amigos para tomar um café no final das tardes, quando estão a esperar os filhos depois da jornada de trabalho e os netos que vêm da escola.




Foto: Epitácio Andrade



Evandro Moura sendo recebido por Dona Ducília com 85 anos


Francisco Luiz de Aquino, “Chico Luiz”, sempre morou no Jatobá, mas vendia carne de caprinos no açougue de Patu, para onde se deslocava diariamente. Hoje está aposentado, tendo direto a permanecer na sua comunidade e relembrar a viagem que foi a Natal, na companhia de Epitácio Andrade, participar de eventos sobre a questão da negritude, há quase 15 anos.


Foto: Epitácio Andrade



Quilombola Chico Luiz


Chico Luiz só não se arrisca a dançar um forró com sua companheira Maurina, porque tem uma artrite que compromete suas articulações dos joelhos, mas gosta de escutar a sanfona de Aleijadinho de Pombal, que na noite de 27 de agosto último, fez show no Clube do Jatobá.


Foto: Epitácio Andrade



Clube do Jatobá


É necessário continuar o investimento humano no Jatobá, para prevenir as conseqüências advindas do desenvolvimento social, garantindo sustentabilidade para as gerações futuras.


Reprodução: Epitácio Andrade



SERENO


O Quilombo do Jatobá sabe preservar a sua memória, por isso no dia 31 de dezembro de 2011, vai celebrar 70 anos de redenção.


Viva João Luiz! Viva Sereno!


Fonte: Trabalho apresentado por Epitácio Epitácio na cidade de Ipanguaçu, 13 de setembro de 2011.


Epitácio Andrade – Médico Psiquiatra, Pesquisador e Irmão Quilombola do Jatobá.



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